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Renda básica universal, decomposição do mercado de trabalho e conflito distributivo no quadro da pandemia de Covid-19: breves notas do governo Bolsonaro

No âmbito da pandemia do coronavírus, o objetivo deste breve texto é refletir sobre a degeneração do mercado de trabalho, o conflito distributivo e a necessidade de uma renda básica universal para evitar o esgarçamento da sociabilidade. Segundo dados da PNAD Contínua do IBGE, entre abril e julho 32,9 milhões de brasileiros ficaram sem trabalho. Espera-se que o ápice do desemprego ocorra na metade de 2021, o que agravará ainda mais o cenário. A população ocupada alcançou recorde negativo, com redução de 7,2 milhões de pessoas (8,1%) e chegando ao contingente de 82 milhões de brasileiros, o menor da série histórica do IBGE. A força de trabalho atingiu o menor número, com 95,2 milhões de pessoas, queda de 6,9 milhões (6,8%) na comparação com o trimestre anterior (IBGE, 30/09/2020). Ademais, dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE, arregimentados entre junho de 2017 a julho de 2018, mostram que a fome (insegurança alimentar grave) atingiu mais de 10 milhões de brasileiros